FILME ASSISTIDO #1: A ESCOLHA PERFEITA 2

Oi, vocês!

Semana passada, para dar um up no final das férias e chorar umas lágrimas pensando que elas estão acabando e que seria a última saída da folga de 1 mês, fui muito bem acompanhada (com meu namorado) ao cinema! Na hora que demos uma olhada nos filmes em cartaz, não tivemos dúvidas: queríamos ver A Escolha Perfeita 2. Isso porque o primeiro filme é simplesmente sensacional! Se você não assistiu, o faça o mais rápido possível. O primeiro filme é basicamente sobre um grupo feminino de a capella de uma Universidade que está se reconstruindo e entram várias meninas diferentes das que costumavam participar da equipe, porque na última competição elas deram uma bola fora e ninguém mais queria entrar para as Barden Bellas. O filme, então, mostra um pouco do início da vida universitária estados unidense, um pouco de garotas-diversificadas-aprendendo-a-lidar-umas-com-as-outras e é temperado com muita comédia, porque a maravilhosa da Rebel Wilson faz o papel engraçadíssimo da “Fat Amy”. O negócio é que o primeiro filme é leve, cheio de cantorias animadas e legais, romancezinhos ali e aqui, probleminhas universitários ali e aqui e no final se torna a obra perfeita, cheia de espontaneidade e vazia de forçações de barra. A Escolha Perfeita é o tipo de filme que, independente da hora, se eu estiver mudando de canal e ele aparecer, independente em que parte, eu vou assistir com certeza.

Com essa cabeça super animada, preparada para dar boas risadas e cantar e dançar sentada na poltrona do cinema, fui assistir o segundo filme.

O filme começa com as Bellas fazendo uma apresentação no aniversário do Presidente dos EUA, porque elas são um arraso e tricampeãs nacionais. A performance vai por água abaixo e o grupo acaba virando uma ameaça nacional. Desse modo, elas ficam proibidas de participarem de próximas apresentações/competições acadêmicas, sendo que a única saída para elas recuperarem o posto de  grupo de a capella respeitável é vencendo o campeonato mundial.

O “drama” do filme é que elas estão dessintonizadas, não trabalhando em conjunto e querendo emperequetar muito as apresentações. Assim, qualquer tentativa delas se apresentarem juntas como um grupo de meninas que leva a categoria a capella a sério, acaba sendo um desastre. Enquanto isso rola, ainda tem a Beca escondendo uma parte da rotina dela das outras meninas, Fat Amy num rolo amoroso, a menina novata louca para soltar a voz e ser uma das Bellas e ainda o Das Sound Machine, um grupo de a capella alemão que “rouba” o lugar das Barden Bellas nos EUA. Muita informação junta, né? E se você acha que eles conseguiram conciliar tudo nisso em um filme maravilhoso, você está enganado.

O filme, na verdade, ficou bem bagunçado e sem foco. Enquanto no primeiro filme tínhamos uma história das meninas juntas, nesse temos basicamente um foco na vida da Beca e da Fat Amy. Além disso, as apresentações musicais foram poucas, embora tenham sido muito bem elaboradas, e as cenas de treinamento e trabalho em equipe foram escassíssimas. As outras meninas do grupo só abriam a boca para falar algo absurdo que faria o público rir com certeza e as narrações da Gail e do John eram bem preconceituosas e pesadas. A cena tão esperada de duelo entre as equipes foi bem mais fraca do que a do outro filme e uma coisa que me irritou muito foi o fato da novata praticamente salvar o mundo só porque ela tinha uma música própria.

No geral, fiquei chateada com a falta de participação das outras participantes das Bellas e com o fato de que todas as piadinhas e cenas engraçadas foram colocadas de propósito, forçando uma barra da comédia que no primeiro filme apresentava-se bem espontânea. Além disso, o final do filme deixou várias ? na minha cabeça, porque como tinha uma teia de aranha de historinhas paralelas (ou principais, já que acho que o grupo Barden Bellas se tornou uma história paralela), você espera que tenha um desfecho para todas, mas não é o que acontece. Um resumo do filme é: superficial e forçação de barra para agradar o público que levou o primeiro filme ao maior sucesso.

[spoiler] E, meu Deus, preciso falar, que menina novata chatinhaaaaa!!!! E que coisa nada a ver aquele acampamento para elas se unirem. A única parte que eu vi elas “unidas” foi naquela fogueira e que mais meninas falaram coisas, mas, para variar, a Lily só abriu a boca para falar uma bizarrice e a Flo para falar absurdos da situação dela de imigrante. Parece que o acampamento foi só uma desculpa para fazerem cenas engraçadas das meninas em atividades nada a ver. [/spoiler]

Para mim, as melhores cenas foram: quando elas cantam juntas ao redor da fogueira, a apresentação do campeonato mundial das meninas e o primeiro pós-crédito.

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Elenco: Anna Kendrick (Beca), Rebel Wilson (Fat Amy), Hailee Steinfeld (Emily), Brittany Snow (Chloe), Skylar Astin (Jesse), Adam DeVine (Bumper), Elizabeth Banks (Gail).

Gênero: Comédia

Sinopse do Cinemark: “Após conquistarem o sucesso, as Barden Bellas ganham a oportunidade de se apresentar para ninguém menos que o presidente dos Estados Unidos. Só que o show é um grande fiasco, o que as torna uma vergonha nacional. Diante do ocorrido, as Bellas são proibidas de participar de competições no meio acadêmico e até mesmo de aceitar novas integrantes. A única saída de Beca (Anna Kendrick), Fat Amy (Rebel Wilson) & cia é vencer o campeonato mundial a capela, o que apagaria as punições aplicadas ao grupo. Mas há um problema: nunca uma equipe americana venceu o torneio.”

Estrelas: ★★★

Recomendo? Pra quem não espera muito do filme e quer assistir algo água com açúcar, com algumas piadinhas, musiquinhas legais, vai com tudo assistir. Se você quer toda a emoção e espontaneidade do primeiro filme, foge!

*

E vocês, gente? Têm uma opinião diferente da minha? O que vocês acharam do filme?

Espero que tenham gostado do post!

Beijocas da Níqua ❤

ÁLBUM DO MÊS #1

Oi, gente!

Depois de um tempão sem postar aqui, já separei vários assuntos para escrever sobre e realmente vou mudar o conteúdo das postagens. Não que todas as postagens fossem sobre a mesma coisa, mas era sempre sobre um assunto cotidiano e eu discursando sobre isso. Agora vou postar sobre meus interesses também, como livros, filmes, séries e música.

Decidi começar com música, porque estou simplesmente muito viciada nesse álbum, que já tá velho e que já deve tá batido para muita gente. Inclusive era para estar batido pra mim também, porque ele tá no meu celular há mais de um ano e eu só percebi a essência maravilhosa dele: agora.

Sem mais delongas, o álbum que eu escolhi como primeira indicação do meu blog foi o ‘XX’ do The XX, aliás, muita criatividade, puxa vida.

O álbum é de 2009 e a banda é composta por três pessoas muito simpáticas, num estilo emo góticas, e com músicas maravilhosas. A Romy Madley Croft e o Oliver Sim são os vocalistas e as vozes deles se misturam de uma forma tão harmônica, que você chega a pensar que os dois estão um de frente para o outro falando frasezinhas e se provocando.

Eu tenho certeza que Intro é a música mais conhecida, porque segundo o meu namorado e as fontes da internet, ela foi usada em uma novela da Globo. Por que a Globo estraga as músicas? Não sei também.

Intro é a primeira música, é completamente instrumental (a não ser por uns aaaaaah), e, quando você está de fones, de olhos fechados, deitado em algum lugar, ela te prepara para o que vem por aí. São músicas muito gostosas de ouvir, num estilo Indie Rock mas com vozes muito suaves. O tipo musical lembra muito Arctic, mas sem aquela parte agressiva, com muita bateria, guitarra e tudo mais. O instrumental do álbum também é incrível. São batidas leves, que se envolvem com o vocal perfeitamente e com aquele ritmo que você acompanha com o pé e a cabeça. Claro que eu, uma pessoa nada normal, danço pakas com essas músicas. Acho elas super rebolativas e nossa-vou-fechar-os-olhos-e-esquecer-quem-eu-sou-enquanto-levanto-os-braços-e-os-balanço. Faço isso bastante

Minhas músicas preferidas são Insects, Crystalised, Shelter, Infinity  e, claro, Intro. Como um amigo meu concordou plenamente, todas essas músicas dão vontade de você, nuamente, deitar em uns lençois (isso ainda tem acento?) e ficar rolando, se contorcendo e fazendo umas coreografias que envolvam mexer no cabelo e virar a cabeça loucamente de um lado para o outro.

Você pode ouvir ele (quase) todo aqui:

POR QUE DIABOS NÃO TEM UM VÍDEO COM O ÁLBUM COMPLETO???

Pelo amor de Deus, ouçam também Crystalised, Blood Red Moon e Insects que não estão na playlist. Agradecida.

Por hoje é só, migos!

Se você conhece a banda e quer me contar algo interessante que eu não saiba (tipo que ela nem existe mais), comente, por favor!!!!1! E se você conhece o álbum também e tem uma opinião diferente, me deixe saber!

Espero que gostem do álbum! (e que tenham gostado do post ~diferente~)

Beijos pra vocês! ❤

Sobre celulares – ou sobre a assombrosa tecnologia sugadora de almas

Se você me conhece há pelo menos 4 anos, você conhece meu celular. Ou melhor, conhecia meu celular. Porque eu troquei. Era um iPhone 4 e eu gostava muito dele e não queria me desfazer dele. Não porque era um iPhone. Mas porque os outros celulares que oferecem as mesmas coisas que meu celular iriam ter 15 cm de comprimento e mais um monte de baboseira que eu não sei nem nunca irei saber usar. Meu celular tinha 10 cm. 11,5 cm para ser mais exata. E, como previsto, meu celular atual tem 14,5 cm. Quatorze. E. Meio.

Nesse momento de troca dessa coisa que é super importante para sobrevivência do ser humano nos dias atuais (que frase patética, não leiam como se eu estivesse realmente querendo dizer isso), eu comecei a refletir muito sobre essa… Máquina? Coisinha? Bom… Esse treco que a gente carrega em nossas mãos a todo momento. Primeiro, eu gostaria de entender onde foi parar a lógica do “quanto menor, mais leve, mais fino, o (insira seu aparelho tecnológico aqui) é melhor”. Porque, sério, todos os celulares que hoje em dia são “os melhores” medem mais ou menos 15 cm. Às vezes mais. E qual é a necessidade disso? É tão não prático! A budega do meu celular novo não cabe em nenhum bolso meu! Se eu quiser pegar meu celular para ver as horas quando, por exemplo, eu estiver em um ônibus, pessoas de toda a região em que estamos passando irão enxergar um objeto (mais parecido com uma tv portátil) na minha mão. (eu sei, é só usar relógio, e eu uso; foi só uma situação hipotética). E chamar a atenção é uma péssima ideia se considerarmos os dias que estamos vivendo. Por que o diabo do telefone tem que chamar atenção quando cada vez mais assaltos acontecem nas ruas e ônibus?! Ah, porque claro! Se você quer um celular que possua uma câmera decente, você não pode se dar ao luxo de ter um aparelho que possa ser carregado no bolso da sua calça. Então, eu gostaria de declarar que sinto saudades da lógica do “quanto menor, melhor”. (aliás, é essa lógica que eu estou seguindo com o meu cabelo) (mais…)

Quem sou eu?

Quem sou eu?

Sou fingimento?

Sou amor?

O que sei?

Nada?

Tudo?

O suficiente?

Sou choro engolido?

Sou fé?

Sou grito entalado?

Sou compaixão?

Quem sou eu?

Sou gentileza!

Ou sou tudo isso?

Ou sou a pura?

Cega

Frágil

Iludível

Magoável

Gentileza pura

Existe?

É real?

Sou imaginação?

Sou gentileza!

Só não sei qual

Sobre o primeiro semestre de 2015

im back bitches

Desculpem o linguajar. Apareceu essa imagem bem quando eu estava fazendo esse post. Não pude evitar colocá-la aqui.

SIM, É REAL, EU ESTOU AQUI ESCREVENDO!

E vim aqui exatamente relatar sobre esse período de sumiço meu. Preparem os olhinhos, porque lá vem história.

Desde agosto do ano passado eu ouvia a seguinte frase “o 2º período da Biologia é o pior de todos!”; e então, no início desse ano lá estava eu realizando a matrícula para as disciplinas do “pior período da Biologia”.

Eu não duvido das pessoas que disseram isso. Realmente foi muito ruim e eu espero que todos os outros sejam menos piores. Se não eu vou pirar.

Mas a boa grande coisa desse período ter sido o pior de toda a história do curso de Ciências Biológicas da UFMG, é que eu aprendi muita coisa. Algumas coisas eu aprendi na paulada, outras apenas de uma maneira sábia. E não estou me referindo à matéria, embora eu tenha aprendido tanta coisa sobre a Biologia em si que nem sei por onde começar. Estou querendo dizer sobre maturidade mesmo. Sabe, aprender sobre a vida e toda essa coisa clichê. (mais…)

Receita de Cupcake de Chocolate da Níqua

Oi, queridíssimos!

Sim, é claro que estou sumida, mas fazer o quê, né? Se eu vivesse de blog a vida estaria mais bela do que tudo!

O que acontece é que apareceu um feriado e feriado é dia de: viver. E com viver eu quero dizer fazer coisas diferentes! E com coisa diferente eu quero dizer: CUPCAKE!

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Lindos e gostosos!

Cara, eu demorei tanto para fazer essa receita que vocês nem imaginam. Porque eu sou super prendada (ha ha) e sei fazer cookies e sorvetes e coisas legais, mas não tinha tentado fazer Cupcake porque toda santa pessoa que eu conhecia falava “o meu murchou… mas ficou gostosinho” “o meu deu totalmente errado, ficou horrível!” etc e eu tinha medo de gastar um dinheirão (porque já adianto que essa receita não é barata) pro negócio não ficar legal. Mas aí o feriado chegou e a coragem também! Vou contar pra vocês passo a passo do que eu fiz e torço para que o de vocês dê tão certo como o meu.

Essa receita rendeu 14 cupcakes (que ficaram enormes e encheram para uma refeição), mas eu coloquei um pouco mais de massa em algumas forminhas. Na próxima, acho que rende, pelo menos, 16. O recheio rendeu para uns 24 Cupcakes, então pode colocar bastante nos seus 14 bolinhos sem dó nem piedade. A cobertura deu certinha. Demorei uns 40 minutos para fazer a massa, recheio, cobertura e assar. Mais pelo menos 30 minutos de lerdeza para o trabalho manual de rechear e cobrir os bolinhos. Gastei mais de uma hora, mas valeu muito a pena! E se você é menos desastrado que eu (o que é muito provável), com certeza demora menos do que isso. (mais…)

Carta a um bom homem

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Ei, vô.

Sabe, eu odeio ter decorado o seu aniversário só agora que você se foi. Aposto que esse ano teríamos passado no Rio com você, já que calhou de ser exatamente no feriado de Páscoa e, afinal, eram seus 80 aninhos! Aposto que o senhor teria me pedido para andar contigo de mão dada na praia de Copacabana, fazendo com que todos pensassem que eu era sua namorada e que você era um galã de sorte. Aposto que teria enchido o prato de saladas em todas as refeições, mesmo se a gente tivesse comprado um baita bolo gorducho para você. Era disso que o senhor gostava mesmo e todo mundo, mesmo achando um pouco estranha a falta de vontade de comer doces e frituras, te admirava e muito. Aposto também que no meio da tarde o senhor ia dar aquela cochilada, fosse em frente ao computador, fosse no sofá e com certeza teria alguém conversando com o senhor nesse momento que ia acabar rindo da situação. E você riria depois também. Ouviríamos a sua risada de novo, vô. Seria a delícia que sempre foi.

A gente sente sua falta, sabe? Sente falta das informações de história que o senhor contava a partir da enciclopédia que era sua cabeça. Dia, mês, ano, cidade, nomes. Era tão fácil para você. Sentimos falta das suas frases sábias, das suas palavras carinhosas, do seu topetão que fazia qualquer um pensar que estava passando por um ator famoso. E sempre ficávamos aqui, em nossas cidades sem mar, invejando suas caminhadas diárias pela areia. Nos preocupávamos com suas atividades de cuidar daquele prédio imenso que é o seu, sendo síndico… Mas o senhor se sentia feliz fazendo isso. Nós sabíamos. Só não foi justo.

Não foi justo tirarem de nós uma pessoa tão importante. Não foi justo tirarem de nós um homem tão bom. Mas nunca é justo, não é, vô?

A gente só queria que hoje fosse mais um domingo comum de ligações para sua casa. Só queríamos desejar mais uma vez “feliz aniversário” e ter a honra de ouvir seu riso de novo.

Nunca seria suficiente. Seria sempre injusto. Sentiríamos para sempre a sua falta. Sentimos para sempre a sua falta.

Você vai estar sempre vivo em nossas memórias. Guardaremos sempre um pouco do seu conhecimento, da sua bondade e compaixão conosco.

Te amamos, vô!

Feliz aniversário

Primeiro, acalmem-se (ou juntem-se a mim no desespero da falta de tempo)

Porque quem é vivo sempre aparece e cá estou eu. Estou há duas semanas (!!!!!) sem postar por diversos motivos que listarei a seguir.

Eu fiz um texto que dizia sobre como meu mundo de férias estava me agonizando e agora digo que: estou totalmente arrependida. Isso porque as minhas férias acabaram, as minhas aulas começaram e eu lembrei como é o ritmo da faculdade. O que inclui não ter tempo para nada.

Tudo começou com eu vencendo o primeiro desafio do ano: tirar sangue. Omiti esse medo na postagem sobre meus medos, assumo… Não sei se foi por uma questão de vergonha ou porque não sei explicar da onde ele vem. Acredito que um pouco dos dois. Mas o que acontece é que há uns sete anos, quando eu fui fazer os exames para o Colégio Militar, uma moça fofa igual a uma porta foi se aventurar a achar minha veia. E ela realmente levou esse momento como uma aventura, porque pensa em uma pessoa que gostou de passear com a agulha dentro de mim. Então, a Luana de 10 anos não aguentou aquele mexe-mexe em seu vaso sanguíneo e puf! desmaiou. Acordei em uma maca achando que estava acordando na minha cama e fiquei uns 30 segundos desconcertada sem saber onde eu estava. Aí lembrei de tudo e saí correndo procurando minha mãe (que estava aproximadamente a 5 metros de mim). Um dia realmente memorável. A partir daí, sempre que falavam “exame de sangue”, “agulha”, “hemograma” eu desesperava, porque não queria sentir aquilo de novo. Então a conclusão é: meu medo de tirar sangue na verdade se relaciona com a sensação que eu tenho quando estou com uma agulha enfiada em mim, e não com problemas de ver o sangue. É engraçado, porque quando coloca a agulha em mim, parece que minhas forças vitais vão se esvaindo pelo buraquinho feito, num estilo de fumaça mística. Dourada. Com glitter.  (mais…)

Sobre homens, carnaval, feminismo e 50 tons de cinza – ou só sobre assédio sexual em geral

Todo mundo que já estudou um pouco de história e já assistiu alguns filmes que retratem umas décadas e séculos passados, sabe mais ou menos como a sociedade se encontrava. A liderança masculina era inegável e qualquer interesse feminino em áreas como política, planejamentos e guerra era repudiado. As mulheres possuíam seus próprios deveres (que só interessava os homens e a mais ninguém) e, reconhecer que alguma delas estava querendo sair desse posto fixo era uma barbaridade. Era incontestável, então, a obrigação feminina: satisfazer seu homem, dar luz à um filho que só existia graças ao seu homem e cuidar do filho de seu homem. Dar prazer à mulher? Ter respeito para com a esposa e as filhas? Com que intuito? Se não tivessem executando suas funções mereciam os gritos, maus-tratos e xingamentos que lhe eram ofertados. Deve-se comentar sobre a obrigação do casamento? Sobre não ter escolha nesse quesito? “Oh, mas os homens não tinham igualmente!” Não tinham mesmo. Mas se possuíssem uma amante, que problema haveria? Era o homem, afinal! Mas se sua mulher arranjasse um parceiro às suas custas… Castiga-lhe! Execute a humilhação pública! Mas que vadia, não?

E sim, sei que estou falando apenas de elites; todos esses fatos pertencendo a uma classe alta, já dizem o suficiente sobre o resto. E as mulheres aguentavam, caladas, de cabeça baixa, até que a primeira se revoltasse e todos fossem obrigados a assistir sua penalidade. É engraçado, não? Tantos séculos de distância, tantas semelhanças com o nosso atual mundo.

Demorei muito a escrever esse texto por estar juntando motivos suficientes para que ele fosse um que valesse a pena. Valesse a pena ler comentários de amigos zombando, valesse a pena o tempo digitando, o tempo encaixando as palavras certas; valesse a pena a pouca repercussão e o pequeno número de gente concordando; mas que valesse a pena! Que valesse a pena eu mostrar, nem que seja para uma pessoa, o que temos que aguentar algumas vezes e como nos sentimos sobre isso. (mais…)